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Dia do Índio


Quando Pedro Álvares Cabral chegou pela primeira vez em terras brasileiras, há mais de 500 anos, elas já eram habitadas pelos indígenas que aqui viviam há muito tempo. Mesmo que a expressão “índio” seja um termo genérico usado para identificar as pessoas que habitavam o continente americano antes dos colonizadores, esses povos possuíam diferentes estilos de vida, tradições e idiomas. Confira o especial que o Nosso Clubinho preparou para o Dia do Índio, que acontece no dia 19 de abril.

OS GRUPOS INDÍGENAS

Os vários povos indígenas que vivem no atual território brasileiro são classificados por diversos critérios, mas a mais adotada é a linguística. A primeira classificação, criada pelos portugueses no início do século XVI, dividia os índios em dois grupos: os tupis e os tapuias. O grupo dos tupis era composto dos indígenas que viviam nos litorais brasileiros. Os tapuias eram formados pelos indígenas que habitavam o interior do nosso país.

Mais tarde, com base nas atuais línguas faladas pelos diversos povos indígenas, os historiadores reuniram os diversos idiomas em troncos e famílias comuns. Assim, os grupos indígenas começaram a ser classificados em: tupis-guaranis (região do litoral), macro-jê , tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Situação das terras indígenas no Brasil

COMO VIVIAM

A maioria dos indígenas brasileiros se dedicava a pesca, coleta de alimentos e cultivo da terra. Eles plantavam palmito, mandioca, batata-doce, milho, feijão, amendoim, pimentão, abóboras e outros alimentos. Sua agricultura era bem rudimentar, utilizando técnicas primitivas, como a roça de coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio). Quando havia o esgotamento do solo ou da caça, os grupos se deslocavam para outros territórios, muitas vezes, conquistados através de guerras.

Os índios viviam em aldeias, onde moravam em pequenas casas familiares ou em habitações coletivas conhecidas como malocas. Dentro dessas comunidades, os trabalhos eram diferenciados pelo sexo e idade. As mulheres eram encaminhadas de preparar os alimentos e de confeccionar os utensílios domésticos, enquanto aos homens adultos caçavam e pescavam. As crianças indígenas eram preparadas desde cedo para a vida adulta. Os curumins, como eram conhecidos os pequenos indiozinhos, costumavam observar seus pais trabalhando para aprenderem o necessário para sobreviverem quando mais velhos. Saiba como elas brincavam acessando o artigo do Nosso Clubinho.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL

As relações sociais dos indígenas eram baseadas em regras sociais, políticas e religiosas. As tribos se reuniam em casamentos, enterros e no estabelecimento de alianças contra um inimigo comum. Duas figuras eram importantes em uma tribo: o pajé e o cacique.

O pajé era para os índios como um padre ou um pastor é para os fiéis das igrejas católica e evangélica. Ele era o encaminhado de receber as mensagens dos deuses e distribuir esses conhecimentos aos demais integrantes da tribo. Também tinha a função de curandeiro, pois conhecia as ervas e os chás certos para curar as doenças de índio. Já o cacique era o líder máximo da aldeia, orientando e organizando os indígenas. Aplicava regras, definia punições, resolvia conflitos, declarava guerras e organizava a caça.

OS ÍNDIOS DE HOJE

Calcula-se que existem, atualmente no Brasil, cerca de 400 mil índios. Isso é muito pouco perto dos quase cinco milhões que existiam antes da chegada dos portugueses ao nosso território. Muitos dos cerca de dois mil povos e tribos que existiam por aqui na época da chegada dos portugueses morreram por diversos motivos, desde a infecção por doenças contagiosas, aos quais eles não tinham imunidade, até extermínio por pessoas que queriam suas terras.

Alguns índios que sobreviveram continuam tentando manter sua cultura e seus costumes, unindo a tecnologia do homem branco com as tradições de seus antepassados. Eles continuam com rituais e costumes dos índios primitivos, porém sem abrir mão da modernidade imposta pela sociedade. Outros foram para as cidades para estudar e ter acesso a outros recursos e não se identificam mais como “índios”.

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